A nomenclatura dos vinhos espumantes é uma que pode causar confusão. O termo Champagne é muitas vezes usado de forma errônea para designar qualquer tipo de espumante. Nós, da DiVinho, preparamos esse artigo para esclarecer a diferença entre os diferentes tipos de espumante, com destaque para o Cava e o Champagne. confira:

Espumantes

Espumantes, também conhecidos como frisantes, são vinhos que passam por uma segunda fermentação. O primeiro processo de fermentação é comum a todos os vinhos, sendo o que transforma o açúcar da uva em álcool. O segundo processo de fermentação tem o intuito de adicionar a efervescência ao vinho, as conhecidas borbulhas, e a espuma.

O método do segundo processo de fermentação varia de acordo com o vinho, sendo os mais tradicionais o Método Champenoise, onde a fermentação é feita dentro da garrafa, também conhecido como Método Tradicional ou Método Clássico. E o Método Charmat, onde a fermentação é realizada em grandes tanques de inox.

Independente do método de fermentação, as borbulhas resultam de uma maior concentração de dióxido de carbono (CO2) no vinho, sendo denominadas de perlage.

O perlage é classificado em relação ao tamanho, durabilidade e quantidade. Quanto menores e mais delicadas as borbulhas, em maior número e com maior persistência, melhor é a qualidade do espumante.

Champagne

Todo Champagne é um espumante, mas nem todo espumante é um Champagne. Champagne é o termo usado para denominar um vinho espumante produzido na região administrativa de Champagne-Ardenne, no noroeste da França, a 150km da capital Paris.

O nome “Champagne” é uma Denominação de Origem Controlada (Appellation d’Origine Contrôlée), sendo protegido com grande vigilância, só podendo ser usado para vinhos originários da região de Champagne que sigam os procedimentos adequados de produção.

As uvas usadas na produção do Champagne devem ser obrigatoriamente cultivadas e colhidas na região de Champagne. As mais comuns são as variedades Chardonnay, Pinot Noir, Pinot Meunier. Podendo ser utilizadas também as castas Arbane Blanc, Petit Meslier, Pinot Blanc e Pinot Gris.

O método utilizado na segunda fermentação do Champagne é o Método Champenoise, que como já mencionamos, é realizado dentro da garrafa. Os rótulos seguem a classificação de Blanc de blancs, Blanc de noirs, Vintage e Não Vintage.

Blanc de blancs são espumantes brancos elaborados apenas com uvas brancas. Blanc de noirs são espumantes brancos elaborados apenas com uvas tintas. Vintage são Champagnes safrados e elaborados em um ano específico. Já o Não Vintage é um Champagne não safrado, podendo ser elaborado com um mistura de uvas cultivadas em anos diferentes, ou com uma variedade de crus.

Cava

Se o Champagne é o mais tradicional e requintado espumante francês, o mesmo se pode dizer do Cava em relação à Espanha.

Cava é o termo usado para denominar um espumante elaborado segundo o Método Tradicional nas comunidades autônomas espanholas da Catalunha, Navarra, Aragão, Rioja, Extremadura, Valência e Álava.

A nomenclatura é regulada pelo Conselho Regulador da Denominação de Origem Cava e é reconhecida pela União Europeia como um Vinho Espumante de Qualidade Produzido em Região Determinada (VEQPRD).

As principais variedades de uvas utilizadas na produção do Cava são a Macabeo, a Parellada e a Xarel-lo. Também são permitidas as variedades Chardonnay, Subirat, Grenache, Monastrell, Pinot Noir e Trepat.

Os espumantes Cava são rotulados de acordo com o tempo de amadurecimento. Em um Cava Tradicional ou Jovem a segunda fermentação dura de 9 a 15 meses, recebendo um selo branco. Já em um Cava Reserva a segunda fermentação dura de 15 a 29 meses, recebendo um selo verde. Para ser classificado como Gran Reserva e receber o selo preto um Cava deve passar pela segunda fermentação durante ao menos 30 meses.

E você, prefere um Champagne ou um Cava?

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