Amantes de vinhos já devem ter se perguntado acerca dos diferentes tipos de rolhas para a vedação das garrafas. A cortiça é o material mais tradicional, mas as tampas de rosca metálica estão se tornando cada vez mais populares. A DiVinho preparou esse artigo para esclarecer a diferença entre os tipos de rolha, suas vantagens e desvantagens, confira:

A tradicional rolha de cortiça

A forma mais tradicional de vedação dos vinhos é com as rolhas de cortiça. São utilizadas desde o século XVII, nessa época o formato cônico era mais comum, passando a serem produzidas no formato cilíndrico que conhecemos hoje a partir do século XIX.

A cortiça é extraída da casca do sobreiro, uma árvore tradicional da região de Alentejo em Portugal. O país, inclusive, é o maior produtor de rolhas de cortiça do mundo.

As rolhas de cortiça têm entre suas qualidades a elasticidade, aderência, longevidade e permeabilidade. Elas permitem a entrada gradual do ar, sendo as mais recomendadas para os vinhos de longa guarda.

No mercado é possível encontrar além das rolhas de cortiça maciças, também as de aglomerado de cortiça, uma opção mais barata. As rolhas de champagne, em formato de cogumelo, são feitas em duas partes, com aglomerado na parte de cima e cortiça maciça na base.

A polêmica das rolhas sintéticas

As rolhas sintéticas começaram a ser utilizadas na década de 1990 como uma alternativa mais economia à cortiça. Um dos grandes motivos foi a prevenção da contaminação por TCA (Tricloroanisole), responsável pelos vinhos rolhados ou bouchonné.

Enólogos mais tradicionalistas nem sempre veem o uso das rolhas sintéticas com bons olhos. Ao contrário da cortiça, elas não expandem e contraem com as variações de temperatura.

Se a rolha sintética é muito apertada, ela pode impedir a entrada do níveis adequados de oxigênio. Já quando a rolha está muito larga, o vinho é exposto de forma exagerada ao oxigênio.

Estima-se que 20% das garrafas produzidas hoje são vedadas com rolhas sintéticas. São utilizadas principalmente em vinhos com expectativa de vida inferior a cinco anos.

Entre as vantagens da rolhas sintéticas vale destacar a possibilidade de armazenamento das garrafas em pé e a personalização do material de forma colorida.

A praticidade do screw cap

A tampa metálica de rosca, ou screw cap, é muitas vezes associada a vinhos de menor qualidade. Mas essa é uma inverdade!

A primeira tampa de rosca para vinho foi criada como uma alternativa de vedação na década de sessenta. Hoje, países como a Nova Zelândia e a Austrália usam esse tipo de rolha na maioria dos vinhos produzidos. No Reino Unido também existe uma grande preferência por esse tipo de vedação, com uma aceitação de mais de 80%.

A tampa de rosca proporciona um fechamento hermético, evitando a evolução oxidativa do vinho. O consumidor tem acesso a uma bebida mais próxima daquela do estágio de fermentação ou amadurecimento do engarrafamento.

Assim como no caso das rolhas sintéticas, a tampa de rosca também evita o vinho bouchonné. O screw cap permite o armazenamento das garrafas em pé na vertical, pois o líquido não precisa ficar em contato com a tampa. Sua abertura também é muito prática, não necessitando de saca rolhas.

Vinhos novos, frescos e rosés, beneficiam-se da tampa de rosca, com uma boa preservação dos aromas. O screw cap não compromete a qualidade da bebida, sendo contraindicado apenas para vinhos de longa guarda.

Como você conferiu, cada tipo de rolha tem as suas vantagens e desvantagens. O tipo de vedação não influencia diretamente na qualidade do vinho. Muitas vinícolas já adotaram o uso do screw cap para certo rótulos, enquanto a cortiça ainda é preferida para outros.

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