Uma boa refeição dificilmente fica completa sem uma sobremesa. E para harmonizar com esses açucarados deleites nada melhor do que um vinho de sobremesa. Mas não basta que esses rótulos sejam doces, existem características que diferenciam um vinho de sobremesa de qualidade de um vinho de mesa. Se interessou pelo assunto? Então continue lendo esse artigo que a DiVinho preparou para você!

Os vinhos de sobremesa caracterizam-se por uma elevada doçura no paladar. São rótulos mais concentrados, onde o açúcar proveniente da uva não é completamente transformado em álcool, apresentado um nível de acidez equilibrado e um teor alcoólico mais alto.

Geralmente são rótulos mais caros, pois para produzir um vinho doce é necessária uma quantidade maior de uvas do que para produzir um vinho seco.

A variedade de Vinhos de Sobremesa é grande, podendo ser tintos, rosés, brancos e espumantes. Há rótulos para todos os gostos, jovens ou envelhecidos, leves ou encorpados.

Processos de Produção

Os Vinhos de Sobremesa são divididos em cinco categorias principais de acordo com o processo de produção: Fortificação, Passificação, Podridão Nobre, Colheita Tardia e Congelamento.

Fortificação

No processo de fortificação as uvas são colhidas e vinificadas como em qualquer vinho seco. A fermentação é então interrompida antecipadamente com o adição de uma aguardente conhecida como também como álcool vínico.

O mosto atinge um determinado grau alcoólico, onde as leveduras são mortas antes de o açúcar ser completamente consumido. O resultado é um vinho naturalmente mais doce, também conhecido como licoroso.

O expoente mais conhecido nesse categoria com certeza é o Vinho do Porto (Portugal). Destacando também o Moscatel (Portugal), o Xerez (Espanha), o Banyuls (França) e o Marsala (Itália).

Passificação ou Desidratação

No processo de pacificação as uvas são colhidas durante o período normal de maturação e então desidratadas em esteiras expostas ao sol e ventiladas. É um processo similar ao usado na produção de uvas passas.

A passificação é uma técnica bastante utilizada na Europa, principalmente na Itália. O “Passito” é um rótulo rico e concentrado que é produzido por esse processo.

Podridão Nobre

O processo de podridão nobre é bastante curioso. Na produção do vinho são usadas uvas atacadas por um fungo chamado Botrytis Cinerea, que se aloja na casca durante a maturação.

A casca, dessa maneira, é rompida, a água evapora, concentrando o açúcar na polpa. O fungo também age nas leveduras durante o processo de fermentação, resultando em um vinho complexo, equilibrado em doçura e acidez.

Os rótulos produzidos com essa técnica também são conhecidos como vinhos botritizados. O processo é utilizado principalmente na França, Hungria e Áustria, com destaque para os sofisticados e requintados “Sauternes de Bordeaux”.

Colheita Tardia

No processo de colheita tardia, também conhecida como late harvest, as uvas são deixadas na videira e colhidas após o período normal de maturação. As uvas, assim, perdem água e concentram mais açúcar, resultando em um mosto ácido e doce.

O processo de colheita das uvas é bastante minucioso, sendo que muitos cachos acabam não sendo aproveitados, o que torna os vinhos mais caros.

Vinhos de colheita tardia apresentam um nível alto de açúcar residual, sendo apreciados por sua doçura e frescor. O processo é utilizado em todo planeta, especialmente em países do Novo Mundo.

Congelamento

Em locais mais frios durante o inverno as videiras são atingidas pela neve e as uvas são congeladas ainda no pé da planta. A água contida nos bagos é cristalizada e o mosto obtido é ricamente açucarado.

Esse fenômeno é comum em países como a Alemanha, Áustria, Canadá e Estados Unidos.

Os rótulos são conhecidos como Ice Wine e produzidos em quantidades muito limitadas.

Harmonização dos Vinhos de Sobremesa

Harmonizar Vinhos de Sobremesa nem sempre é fácil, mas pode ser mais simples seguindo algumas dicas. O vinho sempre deve sempre ser mais doce que a sobremesa servida.

Leve em conta tanto o elemento principal da sobremesa quanto do vinho e a consistência de ambos. Doces mais leves, com frutas, combinam com rótulos leves. Já em sobremesas com maior gordura, que levam leite e ovos, harmonizam bem com rótulos mais encorpados.

Recomendações da DiVinho

Vinho de Sobremesa M. Chapoutier Banyuls Rouge 2013

Uma ótima companhia para chocolates e queijos azuis, este Banyuls safrado é elaborado por Chapoutier, a grande sensação do Rhône, com uvas Grenache de mais de 90 anos de idade, com um pouco de Carignan. As uvas são desengaçadas, o vinho sofre uma maceração bem longa, sendo adicionada aguardente para interromper a fermentação, uma técnica que data de 1285.

Vinho de Sobremesa Vega Sicilia – Tokaji Aszú 3 Puttonyos 2009

Oremus é a fantástica vinícola de propriedade da espanhola Vega Sicilia na Hungria. Seus Vinhos são imaculados, produzidos com o mesmo perfeccionismo que a vinícola emprega em Ribera del Duero. É elaborado com uvas atacadas pela podridão nobre, colhidas no momento ideal. Elas seguem vinificação tradicional e o vinho maturado em barricas de carvalho francês. Excelente companhia para tortas elaboradas com frutas (como torta tatin, por exemplo), queijos azuis e foie gras.

Vinho Porto Dow’s Fine White

O vinho do Porto Dow´s Fine White é um Porto branco muito aromático, com generosas notas de frutos secos e delicioso frescor. Na boca é delicado, com final persistente.  Vinificação tradicional com adição de aguardente vínica para interromper a fermentação e estágio do vinho durante 3 anos em cascos de carvalho. Delicioso como aperitivo ou com sobremesas leves. Deve ser servido fresco.

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