Desde 1932, quando foi fundada em Haro pelo casal Isaac Muga e Aurora Caño, as Bodegas Muga continuam nas mãos da mesma família. A segunda geração transformou o negócio de vinhos a granel em uma respeitada marca de tintos e brancos e, hoje, é a terceira geração que gere os destinos da vinícola. Seus vinhos são produzidos segundo a cartilha clássica e um dos trunfos da Muga é o domínio exemplar do carvalho, usado nas diferentes etapas de vinificação – todos os vinhos são fermentados em cascos de madeira confeccionados na própria bodega. Muga é a única vinícola espanhola com uma tanoaria particular na qual trabalham três tanoeiros e um cubeiro (profissional especializado em cubas de grande capacidade). Em 200 hectares de vinhedos próprios em Rioja Alta, a família Muga cultiva apenas cepas autóctones – as tintas Tempranillo, Garnacha, Mazuelo e Graciano, e as brancas Viura e Malvasia. O microclima de influência mediterrânico, atlântico e continental e o solo predominantemente argilo-calcário propiciam a lenta e plena maturação das uvas, originando vinhos de caráter único. Muga conquistou grande reputação com seus tintos em estilo tradicional, especialmente com o Prado Enea Gran Reserva, maturado por 48 meses em carvalho. Trata-se de um vinho de guarda, uma das referências máximas de Rioja Gran Reserva, capaz de envelhecer por décadas. O crítico Eric Asimov, do The New York Times, descreveu-o como “uma alma gentil num mundo de fruta explosiva”, tamanha é a sua elegância. Muga também elabora tintos concentrados, de perfil mais moderno. O Torre Muga é tido como um dos “novos Rioja”, embora “mostre a rica fruta e estrutura dos vinhos clássicos e colecionáveis”, de acordo com a Wine Spectator. O Aro é um dos mais cultuados tintos espanhóis, sempre muito elogiado pela imprensa especializada